Unleash - Isabel Carvalho 2003 link: textos da exposição// ciberfeminismo
Catarina Carneiro de Sousa 2001


"Lavagem a seco" Carla Cruz e Catarina Carneiro de Sousa, 2004
para a La Balancette, (org. Ateliers-Mentol) Lavandaria Olimpica, Porto
"Dry Cleaning" link: textos da exposição// aborto

Transvestite//feminine, Roterdão, Carla Cruz 2003 link: textos da exposição// travestismo, masculinidade

Tranvestite//feminine - os sapatos da cinderela
tamanho 39 - verniz pretos , laço com brilhantes
trocam-se por uns mais femininos
919946118
cinderela shoes
size 39, black varnish, bow with fake diamonds
swap by a more feminine ones
00351 919946118

Fotos documentais de "Zona Ludica" ZOiNA, 2000
zoina - colectivo feminista de intervenção artistica
documental photos of "Ludic area" ZOiNA, 2000
zoina - feminist colective of artistic intervention link: textos da exposição// educação e feminismo
Aqui deveriam estar a foto do trabalho da Suzanne Van Rossenberg, mas são estórias e seria impossivel ler, portanto sigam o link... suzanne van rossenberg e também - link: textos da exposição//estereotipo, patriarcado e diferença sexual
Here should be the pic of Suzanne van Rossenberg work, but thei're stories and you wouldn't be able to read them any way, so follo the link...


Mon Petit Boudoir - Maria Filipe Castro, 2001 link: textos da exposição// feminilidade

Homenagem a rRose selavy - Carla Cruz e Isabel Carvalho 2002
este trabalho, planeado para ser exibido numa casa de banho e colocado na casa de banho masculina do Museu (arqueologia Sociedade Martins Sarmento) foi alvo de censura por parte da direcção e retirado para a sala principal da exposição .... ... ... ... .. .. .. . . . . o corpo feminino é ainda altamente provocatório!
This work, planed to be exhibited on a toilet and placed on the male toilets of the Museum was subject of censorship and removed to the main room of the exhibition... female body is still very provocative!
6 comments:
Apesar de tudo, ainda há momentos para o espanto. Então Carla Cruz será mais uma vítima da ignóbil e infame censura, de tão má memória? Será que a Sociedade Martins Sarmento é um antro onde perdura o obscurantismo mais ultramontano?
As palavras, quando as usamos, mesmo que com intuitos provocatórios, deveriam ser calibradas numa balança velhinha, eventualmente fora de moda, a da justiça, e pesadas dentro dos padrões da dimensão da verdade. Se assim não for, arriscando-nos a não sermos rigorosos, nem justos, nem verdadeiros, arriscamo-nos a que as nossas provocações não sejam mais do que isso, vazias, inconsequentes, eventualmente ofensivas e, como no caso, contraditórias com a realidade.
A verdade é que, não sendo a Sociedade Martins Sarmento um Museu de Arte Contemporânea, mas um museu de arqueologia com uma biblioteca, visitado por diferentes públicos, que não vão ali para visitarem uma exposição de arte, mas para acederem às diferentes valências daquela instituição, não têm que ser confrontados com intervenções que apareceriam fora do contexto da intervenção artística. Foi isso que foi explicado à artista Carla Cruz, pedindo-lhe que, na medida do possível, encontrasse uma solução de conciliação entre as suas preocupações artísticas e a preocupação da Direcção da SMS na gestão dos seus espaços de acesso público (convirá notar que, a de que se fala, não é a casa de banho da galeria de exposições, nem fica na galeria de exposições). Na altura, Carla Cruz teve a oportunidade de dizer o que lhe aprouvesse, inclusive que se sentia censurada. Disse apenas que compreendia o que lhe foi dito e que iria encontrar uma solução. Disse também que achava melhor que os responsáveis da SMS visionassem todo o material que pretendia expor. Foi-lhe respondido que isso não seria feito, porque ela tinha toda a liberdade que entendesse para a utilização do espaço da nossa galeria de exposições. Será isso censura? Então, a tal Homenagem a Rose Selavy, a intervenção “censurada”, não está na exposição?
Não estaremos, afinal, perante a expressão de um pensamento unívoco, com alguns laivos de totalitarismo, da parte de quem acha que pode impor um discurso com uma perspectiva escatológica de olhar o mundo a quem tem o direito à liberdade de decidir se se quer, ou não, confrontar com ele, indo, ou não, visitar uma exposição, mas a quem o livre arbítrio ainda não libertou das funções que nos obrigam usar sanitas e urinóis?
Manda a verdade e a justiça que se diga que não houve, nem podia haver, qualquer censura da parte da Direcção da Sociedade Martins Sarmento em relação a qualquer aspecto da exposição que acolheu e que tem divulgado. E a palavra censura aqui usada não chega sequer a ser provocatória. Não é mais do que insultuosa.
sem querer criar mais celeuma relembro o argumento usado para retirar rRose selavy, homenagem à personagem de marcel duchamp, foi o de não querer confrontar os possiveis visitantes do Museu Sociedade Martins Sarmento com obras de uma exposição que poderiam ter escolhido não visitar, como a "allmyindependentwomen" pelo simples facto de necessitarem utilizar a casa-de-banho. Porque não funcionou o mesmo argumento em relação a peça "Desenhos mentruais" na casa-de-banho feminina? Para não por em cheque esta peça, o meu silêncio.
Ainda o espanto...
Tem razão, Carla Cruz. Há de facto uma contradição entre o que se disse e o que se fez. Não certamente da parte de quem lhe disse, cordial e frontalmente,o que pensava da diferente natureza de ambas as peças que pretendia expor nas casa de banho, mas de quem disse o que não pensava (que compreendia as preocupações de quem lhe falava, não as compreendendo, afinal), e se remeteu a um silêncio, pelos vistos, conveniente ("para não pôr em cheque" a outra peça). Fosse outra a atitude da artista, batesse ela o pé e defendesse as convicções que agora afirma tão veementemente, e provavelmente não teria depois argumentos para assumir o complexo de Calimero.
Quanto mais, só fazemos votos para que all my independent women seja um sucesso.
Sendo eu a autora da peça Desenhos Menstruais, há uma coisa que eu não compreendo: porque é que os visitantes "que não vão ali para visitarem uma exposição de arte" e "não têm que ser confrontados com intervenções que apareceriam fora do contexto da intervenção artística" podem ser confrontados com uma peça que se intitula Desenhos Menstruais e onde aparecem representações explícitas tanto dos genitais femininos como dos masculinos? É que na peça Homenagem a Rose Selavy isso não acontece, na representação fotográfica apenas se vêm pêlos púbicos aparentemente femininos e nunca genitais. Lembro que uma fotografia é tanto uma representação como um desenho e o último pode ser muito mais explícito que a primeira.
Por tudo isto fico intrigada (genuinamente, sem ironias), porque é que o público do Museu não podia ser confrontado com Homenagem a Rose Selavy mas podia sê-lo com os Desenhos Menstruais?
Já tinha dado por encerrada a minha contribuição para a promoção da exposição por esta via, ajudando a alimentar esta discussão sobre uma acusação de censura que me foi directamente dirigida. Embora não partilhe da ideia de que os fins podem justificar os meios, resolvi entrar na dança, porque, sem ironia, também estou interessado no sucesso do evento. Mas, agora, o meu espanto inicial transformou-se em verdadeiro pasmo ao ver que há alguém que parece que também se sentia no direito de ser censurada, mas não o foi. It is an injustice, it is!
Cá por mim, salto fora da roda, porque já me faltam as pernas e a eupatia.
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