23/03/2006


Second International Backgammon Competition Evening

March 28 2006, 8.00 pm

location: De Burcht, Burgsteeg 14, Leiden (NL)

First time players welcome: rules explained.

To sign up, email schilder@suzannevanrossenberg.nl

02/03/2006

Os diários de C.C.Rausch
um livro de Miguel Bonneville

[info]


Rua Alves redol 407 (perto do cruzamento da antero de quental com a constituição)5ºD
PORTO16:00 /20:00

THE MAD WOMAN IN THE ATTIC


The Madwoman in the Attic é o titulo de um livro de Sandra Gilbert e Susan Gubar (1979) um livro de critica literária. Soube-o pelo Dicionário da Critica Feminista de Ana Gabriela Macedo e Ana Luísa Amaral. Sabia também que era título de uma pintura da Paula Rego. Pedi a Ana Gabriela se por acaso não teria este livro e se mo emprestava. O Conselho foi que lesse primeiro Jane Eyre de Charlotte Brönte e Wide Sargasso Sea de Jean Rhys.

Jane Eyre conta a estória, em jeito de autobiografia, de uma jovem inglesa em meados do século XIX.

“Diz-se que as mulheres são geralmente muito calmas; mas as mulheres sentem, tal como os homens sentem; necessitam de exercitar as suas faculdades e de uma área para desenvolverem os seus esforços, tal como os seus irmãos; sofrem com a rigidez das restrições que lhes são impostas, como uma tão absoluta estagnação, precisamente como os homens sofreriam; e revela grande estreiteza de vistas por parte dos seus semelhantes mais prestigiados afirmar que se deverão restringir a fazer bolos e tricotar meias, a tocar piano e a bordar”

Quase um século passado, Rhys “salva a descartável mulher uivante do mundo de cartão que é o sótão em Thornfield Hall. A Mulher crioula do Englishman é elevada e a luz da literatura como a heroína pensante, sensível e falante no coração do intenso mundo Caribenho. «I wanted to write her a life». Reabordando a indignidade e injustiça da situação desta mulher destruída, Wide Sargasso sea restabelece-a à sua ilha como uma pessoa completamente desenvolvida, completa e com um nome Antoinette Cosway, juntamente com uma face, uma voz, uma história.”

Neste sótão mostro aquela sexualidade que é reprimida e o “amor” expresso. As declarações de amor e de morte, em camadas sucessivas…
“Say die and I will die. You don’t believe me? Then try, try, say die and watch me die.
Die then! Die. I watched her die many times. In may way not in hers. In sunlight, in shadows, by moonlight, by candlelight. In the long afternoons when the house was empty. Only the sun was there to keep us company. We shut him out. And why not? Very soon she was eager for what’s called loving as I was – more lost and drowned afterwards.”




Bronte, Charlotte, Jane Eyre –1847, Oxford University Press
Macedo, Ana Gabriela, 2004, Revisitando Jane Eyre: do Abjecto e da Raiva Contida, centro de Estudos Humanísticos Universidade do Minho, Braga.
Macedo, Ana Gabriela, Amaral, Ana Luísa, 2005, Dicionário da Critica Feminista, Edições Afrontamento
Rhys, Jean, Wide Sargasso Sea, 1966, Penguin Classics

01/03/2006

O TOQUE DE MIDAS


O Toque de Midas

“O texto é um objecto fetiche e esse fetiche deseja-me.”
Roland Barthes “O prazer do texto”

“O escrito chega como o vento, é nu, é tinta, é escrito, e passa como nada passa na vida, a não ser ela, a vida.”
Marguerite Duras “Escrever”

Aqui não há pessoas, não há uma sala, nem um escritório, nem um quarto, apenas as palavras que lá ficaram ou lá vão estar. Aqui não corre o tempo. Aqui ninguém fez amor, ninguém comeu, ninguém dormiu. Aqui ninguém foi embora, ninguém ficou. Aqui ninguém viveu nem morreu. Aqui só se leu e escreveu.
Apenas palavras, devoradas ou cuspidas, substituem o outro, substituem os lugares, substituem o próprio correr do tempo, com um poder tal que o objecto não nomeado, o acto não narrado, o lugar não descrito, o amor não declarado deixam de existir.
Carne tornada verbo. Depois da palavra o acto torna-se obsoleto.
É o “toque de Midas”.

Fora do texto – nada.


Catarina Sousa.