30/07/2009
21/07/2009
on ARTFEM
The aim of ArtFem.TV is to foster Women in the Arts, their art works and projects, to create an international online television screen for the creativity, images and voices of Women.
ArtFem.TV is a non-profit artist run ITV and media art portal about Art and Feminism.
http://artfem.tv
For inquiries please contact foundress, curator and editor Evelin Stermitz [es@mur.at].
20/07/2009
16/07/2009
Utopias, Ciborgues e Outras Casas nas Árvores
Oficina de Criação Artística com Carla Cruz
Datas: 22, 23 e 24 de Julho, das 19:00 às 22:00
25 de Julho das 14:00 às 18:00
Local: Centro de Memória (google maps), Vila do Conde
Público-alvo: todos os interessados
Nunca foi tempo de sermos pessimistas, mudar o mundo disse Marx, mudar a vida disse Rimbaud, mudar de vida disse Variações. Sim o mundo é composto de mudança, e hoje como sempre precisamos de novas projecções para o futuro, imaginar o impossível, criar gestos que reflictam a pluralidade da existência, ou seja novas Utopias. A proposta desta oficina é exactamente a de imaginarmos criticamente uma nova cidade*, mas também uma nova mulher e homem para essa cidade, daí a noção de ciborgue, que de acordo com Donna Haraway é um híbrido entre máquina e organismo, uma criatura de realidade social bem como ficcional, uma possibilidade de novas construções de relacionamento social.
Ficha de Inscrição (Microsoft Office - Word)
Do resultado da oficina sairá a obra a apresentar na 5ª edição do Circular Festival de Artes Performativas, que decorrerá de 19 a 26 de Setembro de 2009.
*cidade/polis - civilização
Donna Haraway, "A Cyborg Manifesto: Science, Technology, and Socialist-Feminism in the Late Twentieth Century," in Simians, Cyborgs and Women: The Reinvention of Nature (New York; Routledge, 1991).
11/07/2009
Porque marcho no sábado por José Soeiro
Desde a primeira hora, apoio a Marcha do orgulho LGBT do Porto. Este ano, voltarei à rua com a mesma vontade com que marchei pela primeira vez, juntando a minha voz à de tantos e de tantas que têm feito esta luta e esta festa nos últimos anos.
E faço-o por motivos simples, razões sensatas que deveriam interpelar todos quantos se reconhecem na defesa dos direitos humanos, da diversidade e da felicidade.
Marcho porque o amor, o desejo, a atracção, o afecto, são sempre razões de celebração e só uma sociedade sem decência pode tomá-los como motivos de ódio ou de rancor.
Marcho porque todos têm direito a todos os direitos, e não quero viver numa cidade ou num país ou num mundo em que há grupos de pessoas que, por gostarem de alguém, ou por lutarem pela sua identidade de género, são excluídos de direitos básicos: o direito à identidade, o direito ao casamento, o direito a constituir famílias, o direito a ter e a tomar conta dos seus filhos, o direito a sentir-se livre e andar à vontade no trabalho ou na rua.
Marcho porque quero que se olhem as pessoas para além do que têm entre as pernas, que se goste das pessoas para além do que têm entre as pernas, que se avalie as pessoas pelo que são. E porque o direito à indiferença precisa, para existir, que se afirme primeiro que existem muitas formas diferentes de amar e de sentir - e elas não são para ser escondidas dentro das paredes de casa ou das sociabilidades clandestinas, mas para ser vividas plenamente no espaço público como no privado.
Marcho porque um Estado que não age contra a violência homofóbica e transfóbica - nas escolas, nos hospitais, na polícia, nas ruas ... - é cúmplice dessa mesma violência, seja ela simbólica ou física. E como o Estado é a representação da nossa comunidade politica, é a ele também que devemos exigir um combate firme contra a discriminação e uma prevenção decidida da ignorância (que é, afinal, a base de todo o preconceito).
Marcho porque a questão de gays e lésbicas e bissexuais e transgéneros, como as questões dos nossos direitos enquanto homens e mulheres, enquanto trabalhadores, enquanto precários, enquanto pensionistas ou enquanto estudantes, não são questões individuais. Tratam-se de direitos colectivos, que implicam mobilização e organização, que implicam afirmação e conflito.
Marcho porque a discriminação LGBT acentua as outras discriminações: as mulheres lésbicas são ainda mais vulneráveis que as outras, os trabalhadores homossexuais estão mais frágeis face à discriminação e ao abuso dos patrões, os imigrantes LGBT sofrem de duplas e triplas discriminações e cada discriminação torna a nossa vida mais precária e menos livre. Marcho sempre, em todas as marchas, contra todas as discriminações e todas as formas de exploração económica e de opressão social.
Marcho porque nenhum direito social, nenhum direito económico, nenhum direito humano foi gentilmente outorgado pelo poder. Pelo contrário, toda a nossa história enquanto humanidade nos mostra que eles são reconhecidos se forem arrancados pela afirmação das vozes que tentam ser caladas e dos grupos que se tenta invisibilizar. Marcho pela visibilidade e porque a rua é um lugar privilegiado da luta social e política.
Marcho porque este é também um ano de eleições e, assim, de clarificação e de assunção de responsabilidades. Porque não calo a minha indignação com o chumbo do casamento pela maioria que governa o país. E porque é hora de dizer que todos têm de ser consequentes e claros nas suas escolhas.
Marcho porque, nesta como noutras coisas, vamos construindo afectos e compromissos. E não me sentiria bem se ficasse em casa sabendo que no dia 11 de Julho as ruas do Porto serão lugar de celebração da luta contra a discriminação. Marcho porque sei que é ai, nesse dia, o meu lugar. E o teu.
José Soeiro
http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=12666&Itemid=130
07/07/2009
LGBT Cultural
LGBT Cultural 2009 é um ciclo cultural de temática lgbt (lésbico, gay, bissexual e transgénero) a realizar no âmbito das celebrações do orgulho lgbt durante quatro dias. Este ciclo inclui conferências, debates e sessões de cinema independente sobre as categorias: História, Psicológica, Performance Art Queer-LGBT, Sociedade Civil e Cinema.
Este projecto vem colmatar a necessidade duma maior informação acerca da temática lgbt na sociedade portuguesa, surgindo como antecipação cultural aos habituais eventos do orgulho lgbt, cuja índole é principalmente a manifestação e a celebração. Este conjunto de eventos pretende esclarecer a comunidade nos campos histórico, da saúde, artístico e cívico da identidade lgbt, trazendo uma maior consciencialização do indivíduo.
O LGBT Cultural 2009 propõe responder de forma articulada e consistente a questões relativas ao que me antecede enquanto indivíduo, ao que sou como mente e corpo, à minha cultura, aos meus direitos e à minha intervenção futura. Incompleto, talvez, mas constituirá sem dúvida um passo progressista na formação de bases sólidas do indivíduo lgbt visto como uma unidade interactiva com uma sociedade que se quer despreconceituada e não-discriminatória. Um evento necessário, urgente e gratuito.
LGBT Cultural 2009 é um ciclo cultural de temática lgbt (lésbico, gay, bissexual e transgénero)
a realizar no âmbito das celebrações do orgulho gay durante quatro dias. Este ciclo inclui conferências, debates e sessões de cinema independente sobre as categorias: História, Saúde Sexual e Psicológica, Performance Art Queer-LGBT e Sociedade Civil, Cinema.
Este projecto vem colmatar a necessidade duma maior informação acerca da temática lgbt na sociedade portuguesa, surgindo como antecipação cultural aos habituais eventos do orgulho lgbt, cuja índole é principalmente a manifestação e a celebração. Este conjunto de eventos pretende esclarecer a comunidade nos campos histórico, da saúde, artístico e cívico da identidade lgbt, trazendo uma maior consciencialização do indivíduo.
O LGBT Cultural 2009 propõe responder de forma articulada e consistente a questões relativas ao que me antecede enquanto indivíduo, ao que sou como mente e corpo, à minha cultura, aos meus direitos e à minha intervenção futura. Incompleto, talvez, mas constituirá sem dúvida um passo progressista na formação de bases sólidas do indivíduo lgbt visto como uma unidade interactiva com uma sociedade que se quer despreconceituada e não-discriminatória. Um evento necessário e urgente.
PROGRAMA:
Dia 7
14h História Politico-Social, António Fernando Cascais.
17h "Da mulher ao Cyborg: Feminismos Queer nas artes visuais", Salomé Coelho e Cristina Pena.
21h30 Performance, António Lago.
Dia 8
14h Histórica da Performance Art – Queer/LGBT, Deidré Matthee.
17h "Gisberta, Transgendering & Transcending [Studies]", Filipe Canha.
21h Cinema: "ONE NIGHT STAND" de Emilie Jouvet. Comentário: Raquel Branco Freire.
Dia 9
17h Psicologia do LGBT, Jorge Gato.
21h Cinema: "LE CLITORIS, CE CHER INCONNU" de Michèle Dominici. Comentário: Raquel Branco Freire.
Dia 10
14h Direito ao desenvolvimento da personalidade e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, Paulo Pamplona Côrte-Real.
17h Identidade de género e cidadania, Luísa Reis e Filipe Salema
21h Cinema: ""GENDERNAUTS - A journey through shifting identities" de Monika Treut e "L'ORDRE DES MOTS" de Cynthia ARRA e Mélissa ARRA.
Comentário: Raquel Branco Freire.
ENTRADA LIVRE
MAIS INFORMAÇOES:
Tel. 913331071 - Filipe Canha
Site: www.lgbtcultural2009.blogspot.com
e-Mail: lgbt.cultural.2009@gmail.com